quarta-feira, 11 de agosto de 2010

História em terceira pessoa-Parte Um

Gostaria de agradecer a todos pelos comentários e pelas incursões ao meu blo. Queria agradecer também pelas indicações para os selos... vocês me motivam a escrever. Para quem gostou do post sobre o dia dos pais, este é também pessoal e sobre relacionamento... espero que gostem da série que será dividida em duas partes por ser mais longa.... abraços e curtam mais uma parte da história de alguém que conhecem bem. Sigam-me os bons!









Era uma vez, um homem e uma mulher...



Os dois trabalhavam em um hospital da Zona Oeste de São Paulo, e lá se conheceram. Ele tinha 19, ela tinha 26. Ele era radiologista e ela auxiliar de enfermagem. Depois de milhares de xícaras de café, toparam de sair pra conversar melhor. Passaram o ano novo na paulista, juntos.

Ele era o mais velho de 4 irmãos, era um típico baladeiro de plantão, gostava de Rock e morava em Osasco. Ela não era adepta de rolês longe da família, já tinha um filho e vinha de um relacionamento tumultuado. Só ouvia pagode.



Tantas diferenças não adiantaram... engataram um romance.



A família dele não aceitou que ficasse com uma mulher mais velha que já tinha um filho, enquanto que na família dela, achavam que ela poderia conhecer alguém melhor. Ambos ignoraram e seguiram com o namoro. Pareciam estar apaixonados.



Ele tinha um afeto especial pelo filho dela, e a criança respondia àquele afeto com uma ligação única, via nele um bom pai e companheiro. Ela estava feliz pela cumplicidade dos dois. Nem todo mundo tinha a sorte dela de arrumar uma pessoa que gostasse tanto do seu filho. Tudo parecia caminhar como queriam, mas o pai do menino apareceu e exigiu o direito de ver a criança, o que era garantido por lei.



Judicialmente resolvida a questão, o pai pegava o garoto nos finais de semana.

Ele começou a notar que toda vez que o menino era pego pelo pai, havia uma confusão. A grande impressão que dava era que ela ainda gostava do pai da criança, pois os motivos eram de forma banais e sem critério.



Disse à ela que se aquilo continuasse, que se ele sentisse que ela realmente não estava com ele por amor... iria embora e terminaria o relacionamento.



Percebendo que seu futuro com ele estaria em risco, reavaliou seu comportamento e pediu uma chance de demonstrar que tudo que ela sentia pelo pai do menino era raiva. Ele cedeu e percebeu com o tempo que ela o amava, e que só sentia uma espécie de raiva do pai do menino.



Passado determinado tempo, se casaram.



Á princípio, pelas dificuldades financeiras, foram morar com os sogros, os pais dela. Ele sempre foi contra, mas ela dizia ser a melhor escolha para aquele momento. Mais uma vez ele cedeu.

Vieram inevitavelmente problemas de convivência, onde logo perceberam que morar com familiares seria desgastante. Alugaram uma casa, porém, ela tinha de ser próxima à sogra, exigência dela por dizer que sua mãe seria a melhor escolha para cuidar do filho e da casa caso ela não estivesse. Mais uma vez contrariado, ele aceitou.



Mesmo longe de sua família, algumas intrigas continuaram. A sogra sempre mentia sobre alguma coisa envolvendo ele. Brigavam bastante, mesmo ele sempre provando as mentiras dos parentes. Era muito fácil fazer a cabeça dela. Seus amigos o criticavam no trabalho, pois ele conhecia mulheres maravilhosas e não se envolvia com nenhuma. Para ele, o namoro já era uma situação de respeito, imagine então um casamento. Sempre respeitou seus votos. Geralmente, em um casal, um dos parceiros sempre cede mais para que as brigas terminem, no caso deles, era sempre ele. Pagava as contas, o aluguel e comprava alimentação com um tíquete gordo que recebia da empresa. Ela pagava os dois carros que tinha comprado, um para ela e outro para o pai dela. Ele não se importou, gostava dela e não arrumaria caso por isso. Logo, a ambição dela cresceu, queria ter mais coisas, mais dinheiro, melhor vida em curto prazo. Arrumou três empregos.



Ele não aceitou, disse que poderiam crescer bem trabalhando cada um em um emprego. Ela o chamava de sossegado demais, de acomodado. As brigas foram ficando cada vez mais intensas e ela incursou nos três empregos. A opinião dele já não era importante.



Não só ele, mas a criança sentia falta da mãe,e ficava o tempo todo com a avó. As discussões começaram a ser evitadas, pois era cada vez mais difícil se encontrarem.



Como se não bastasse os problemas conjugais, sua avó, que cuidou dele como um filho, começava a ficar doente. Ele por estar longe, não podia acompanhar direito, e isto o matava por dentro, era cada vez mais impotente frente às situações que passava, seus irmãos começaram a usar drogas, por influência de maus amigos... tudo parecia estar errado.

Foi nesse ponto que descobriu que estava infeliz!








Continua na próxima postagem, abraço à todos!




Victor Von Serran

7 comentários:

  1. Parabens pelas suas narrativas


    li aos posts anteriores e percebi que voce tem habilidade pra escrever o dia a dia !

    quanto a historia,parece interessante,ja mostrei a alguns amigos !

    fiquei emocionado com o lance dos seus pais !eu tambem sou orfão !

    as pessoas tem uma certa dificuldade de enxergar a realidade,quando perceberem que ela é bem melhor,seu blog vai bombar !

    sorte pra voce com suas cronicas !

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  2. Fala ai doido! ^^

    Te indiquei um selo!

    Pegue lá depois!

    Abraço!
    Leandro Hellsing

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  3. Muito bom! Deve ser triste ficar sem ver o filho o dia inteiro... e tudo que ele está passando...

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  4. Queria muito ver a continuação.. Mas não encontrei 😕

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